Em abril, Natani Santos, de 35 anos, foi atacada pelo próprio cão de estimação ao chegar em casa, com a força do ataque o animal arrancou parte de seu lábio superior. O caso, ocorrido em Ji-Paraná, em Rondônia, só agora divulgado, terminou com a eutanásia do cachorro, um chow-chow chamado Jacke, após avaliação técnica da Secretaria do Bem-Estar Animal do município.
Segundo relato da própria Natani, tudo aconteceu de maneira rápida. “Ele rosnou, eu me afastei e ele mordeu. Em seguida, se encolheu, como se soubesse que havia feito algo errado”, contou ela, no material em que o g1 teve acesso. A tutora do animal recebeu 12 pontos na região atingida.



Jacke vivia com a família há cinco anos, foi adotado ainda filhote, com apenas 40 dias de vida. “Ele tinha 40 dias quando peguei. Foi criado com amor, mimo, dengo. Mas às vezes a gente esquece que são animais, têm instinto”, lamentou a tutora.
Após o ataque, o cão foi levado ao Centro de Zoonoses sob suspeita de raiva, o que mais tarde foi descartado. Tiago, marido de Natani, explicou que o animal foi encaminhado com autorização para ser avaliado por uma equipe técnica da Secretaria do Bem-Estar Animal, que poderia optar pela eutanásia caso considerasse necessário.
“Pediram 10 dias para investigar. Quando voltei, informaram que ele não comia havia três dias, se recusava a se levantar e tentou atacar outras pessoas”, relatou Tiago.
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Em nota oficial, a Secretaria afirmou que a eutanásia “foi pautada na necessidade de preservar a integridade física dos servidores, da população e de outros animais, em respeito à proteção da saúde pública e às normas éticas vigentes”.
Natali ficou extremamente abalada com o que aconteceu. “Eu disse a ela que ele havia sido adotado, até mesmo para protegê-la. Estava esperando o momento certo para contar. Mas uma ONG ligou e, ao que parece, a própria Secretaria confirmou que o procedimento havia sido feito. Depois disso, ela recebeu muitas mensagens ofensivas, e fui obrigado a revelar a verdade”, revelou ao g1.