Tarifaço: analistas acolhem com cautela “trégua” entre EUA e China

Analistas saudaram o anúncio de que os Estados Unidos e a China reduzirão as tarifas sobre os produtos um do outro por um período de 90 dias na segunda-feira (12).

No entanto, eles alertaram contra o excesso de otimismo na disputa comercial entre as duas maiores economias do mundo.

“Esta é uma desescalada substancial”, disse Mark Williams, economista-chefe para a Ásia da consultoria Capital Economics, conversando com outros.

Mas ele observou que as tarifas dos EUA sobre a China permanecem muito mais altas do que na maioria das outras grandes economias.

E que os Estados Unidos “ainda parecem” estar tentando reunir outros países para introduzir restrições próprias ao comércio com a China.

Economistas do Commerzbank, um grande banco alemão, também apontaram que, em comparação com a situação antes do retorno do presidente Donald Trump à Casa Branca, as tarifas aplicadas pelos EUA e pela China ainda serão significativamente mais altas.

Neil Wilson, estrategista da plataforma de investimentos Saxo, também argumentou na segunda-feira (12) que, apesar dos comentários do secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, de que os EUA não querem “se desacoplar” economicamente da China, “os EUA estão absolutamente tentando se desacoplar”.

Essa separação pode assumir a forma de uma queda dramática no comércio entre as duas nações.

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Este conteúdo foi originalmente publicado em Tarifaço: analistas acolhem com cautela “trégua” entre EUA e China no site CNN Brasil.

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