A reconstituição do crime envolvendo a jovem Vitória Regina de Souza, de 17 anos, que morreu após desaparecer quando voltava para casa, após sair do trabalho, em um shopping da cidade de Cajamar, na Grande SP, deve acontecer nesta quinta-feira (24), segundo informou a Polícia Civil.
A princípio, a remontagem dos fatos que levaram à morte de Vitória havia sido marcada para a manhã do dia 10 de abril e, posteriormente, adiada para a última terça-feira (22).
Segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP), os adiamentos ocorreram devido a problemas técnicos.
Maicol Sales do Santos, o único suspeito indiciado e preso pelo crime, não deve participar da ação.

A decisão de realizar a reconstituição atende a um pedido da defesa da família da vítima. Os advogados consideram essa etapa essencial para o esclarecimento dos fatos, especialmente diante das contradições apontadas na confissão de Maicol.
Relembre o caso
O desaparecimento e a trágica morte de Vitória Regina de Sousa, uma jovem de 17 anos comoveu os moradores de Cajamar (SP). A história começou em 26 de fevereiro, quando a garota, após um dia de trabalho em um shopping local, pegou o ônibus de volta para casa.
Naquela noite, Vitória compartilhou mensagens de texto com uma amiga, expressando o medo que sentia ao perceber que estava sendo seguida por dois homens. Testemunhas relataram ter visto um automóvel com quatro homens seguindo a jovem depois que ela desceu do ônibus.
Após seu desaparecimento, a cidade se uniu em buscas incessantes. A polícia e os familiares, apoiados por diversos agentes, cães farejadores e drones, procuraram por Vitória em todos os cantos da região.
A angústia chegou ao fim em 5 de março, quando o corpo de Vitória foi encontrado em uma área de mata em Cajamar. O corpo da jovem estava em estado avançado de decomposição e apresentava sinais de violência. A jovem estava com a cabeça raspada e sem as roupas.
A Polícia Civil já indiciou Maicol por homicídio qualificado e ocultação de cadáver, após suposta confissão. No entanto, a defesa de Maicol nega veementemente a confissão e alega coação policial, de acordo com relato de Maicol aos defensores.
Segundo a defesa dele, a coação teria ocorrido em um banheiro da delegacia, onde Maicol diz ter sido ameaçado com o envolvimento de sua mãe e esposa no caso Vitória. A defesa sustenta que a polícia usou coação para obter a confissão.
Em nota enviada à CNN, os advogados de Maicol negaram formalmente a confissão. Eles afirmam que, “até o presente momento, não houve confissão de autoria ou participação por parte do cliente”, e que as declarações atribuídas a ele sem a presença de seus advogados “ofendem a legislação processual”.
Este conteúdo foi originalmente publicado em Caso Vitória: reconstituição será realizada nesta quinta (24) no site CNN Brasil.