Vídeo: alvo da PF por desviar R$ 3,5 bi fazia suruba em mansão no RJ

Um dos principais alvos da operação Teatro Invisível II, da Polícia Federal, suspeito de integrar uma organização criminosa envolvida em obstrução de Justiça, caixa dois, fraudes em licitações e lavagem de dinheiro, torrava o dinheiro do crime com festas regadas a sexo e álcool.

As surubas que ocorriam na mansão em um condomínio de alto padrão, em Vargem Grande, zona oeste do Rio de Janeiro, extravasavam os muros do casarão, com mulheres andando nuas pelas ruas do residencial. As informações são do Metrópoles.

A operação

Policiais federais cumpriram mandados de busca e apreensão em endereços ligados aos alvos nas cidades de Cabo Frio, Itaguaí, Mangaratiba e Rio de Janeiro (RJ), além de Juiz de Fora (MG). A Justiça Federal também determinou o bloqueio de valores nas contas dos investigados, totalizando R$ 3,5 bilhões, além da suspensão das atividades de oito empresas envolvidas no esquema.

A nova fase da operação é um desdobramento da primeira etapa da Teatro Invisível, deflagrada em setembro de 2024. A partir da análise de materiais apreendidos anteriormente, a PF descobriu que o grupo destruiu provas digitais que poderiam incriminar seus integrantes, em uma tentativa clara de obstrução de Justiça.

As apurações também identificaram o uso de recursos não declarados à Justiça Eleitoral, que teriam sido utilizados para financiar campanhas políticas nas eleições de 2024. Parte dos envolvidos é proprietária de empresas que fraudaram a competitividade de licitações em municípios do Rio de Janeiro, como Cabo Frio, Itaguaí, Mangaratiba e São João de Meriti.

Os investigadores reuniram novas provas contundentes da prática de lavagem de dinheiro estruturada e recorrente. O esquema incluía a utilização de contas de passagem, movimentações em dinheiro vivo, empresas com alto volume de atividades e aquisição de bens de luxo para ocultar a origem ilícita dos recursos.

A diligência policial segue em andamento para identificar outros envolvidos e possíveis ramificações do esquema. Se condenados, os investigados podem cumprir penas que, somadas, ultrapassam 27 anos de prisão.

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