Duas estudantes de medicina postaram um vídeo, tirado do ar nesta terça-feira (8/4) do TikTok ), em que expõem a paciente Vitória Chaves da Silva, de 26 anos, nove dias antes de ela morrer de insuficiência renal, em 28 de fevereiro, no Instituto do Coração (Incor) do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP.
O Metrópoles havia publicado, em 2023, o ineditismo de Vitória ter sido submetida a três transplantes de coração. Até então, os procedimentos do tipo no Brasil eram limitados a dois.



Desta vez, elas se pronunciaram sobre o caso. Elas afirmaram que a intenção não era expor o caso da paciente, e disseram que a intenção do vídeo era demonstrar surpresa por um caso clínico raro. A jovem morreu em fevereiro, após lutar contra uma cardiopatia congênita
“Estamos vindo a publico para dizer à família que nós realmente sentimos pela perda. E deixar claro que nossa intenção jamais foi expor. A única intenção do vídeo foi demonstrar surpresa por um caso clínico raro que tomamos conhecimento dentro de um ambiente de prática e aprendizagem médica”, disseram Gabrielli Farias de Souza e Thaís Caldeiras Soares Foffano em vídeo enviado ao site G1.
Alunas comentam
As alunas comentavam, no vídeo que foi apagado das redes após a polêmica, que desconheciam casos como aquele, em que foram feitos os transplantes de coração três vezes. Na gravação, também chegaram a falar que o motivo do último transplante teria sido por cuidados inadequados por parte da paciente. Dias depois da publicação, a paciente morreu.
Em um momento do vídeo, uma das estudantes diz: “Ela acha que tem sete vidas?”, o que gerou diversas críticas às estudantes por usarem um tom satírico.
A USP informou que Gabrielli e Thais são alunas de outras instituições e que elas não possuem vínculos com a instituição nem com o Incor.
A família da paciente soube das declarações, prestou queixa na delegacia e também fez denúncia no Ministério Público. O caso é investigado como injúria por meio de inquérito policial.
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