Na última semana, equipes resgataram uma mulher grávida com vida nos escombros de um hotel em Mianmar, três dias depois do terremoto que matou cerca de 2.000 pessoas. A mulher esteve por 60 horas presa sob o Great Wall Hotel, em Mandalay, e foi retirada após uma operação que durou 5 horas.
O esforço foi conduzido por equipes chinesas, russas e locais. A mulher está em condição estável. Mandalay fica perto do epicentro do tremor de magnitude 7,7, que causou uma enorme devastação em Mianmar, além de danos na Tailândia.



Em Bangkok, as equipes de resgate retornaram as buscas por 76 desaparecidos de baixo dos escombros de um arranha-céu que desabou. Até domingo (30), o número oficial de mortos na Tailândia era 18.
O governador de Bangkok, Chadchart Sittipunt, disse que as buscas continuarão mesmo após 72 horas: “A busca não foi cancelada”. Segundo ele, as varreduras indicam que ainda pode ter sobreviventes e que cães farejadores estão sendo enviados.
Já em Mianmar, o número de mortos cresceu para 2.056, segundo a mídia estatal. A ONU disse que está enviando ajuda para 23 mil sobreviventes e reforçou a resposta humanitária. “O tempo é essencial, pois Mianmar precisa de solidariedade e apoio global durante essa imensa devastação”, disse Noriko Takagi, representante da agência de refugiados da ONU.
Lugares vizinhos como Índia, China e Tailândia mandaram ajuda, junto com Malásia, Cingapura e Rússia. Além deles, os EUA prometeram US$ 2 milhões em auxílio humanitário.
O terremoto aumenta a crise em Mianmar, que já devastado por uma guerra civil desde o golpe militar de 2021. Um grupo rebelde denunciou ataques aéreos do exército depois do tremor, e o ministro das Relações Exteriores de Cingapura solicitou um cessar-fogo imediato para facilitar os resgates.
A infraestrutura do país, incluindo pontes, rodovias e ferrovias, foi danificada, o que dificulta os esforços humanitários em meio a um conflito que já deslocou mais de 3,5 milhões de pessoas.
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