Baterias antes sofriam com a chuva; hoje, dão show de profissionalismo e ousadia


O coração das escolas de samba foi tema do 2º episódio da série ‘Apoteose do Samba’, que conta a história dos desfiles. Baterias antes sofriam com a chuva; hoje, dão show de profissionalismo e ousadia
Não faz muito tempo que a chuva era um pesadelo para os mestres de bateria da Sapucaí. O mau tempo sempre atrapalhou — e ainda atrapalha — as escolas de samba como um todo, mas os ritmistas tinham um temor maior diante de tempestades.
O coração das escolas de samba foi tema do 2º episódio da série “Apoteose do Samba”, que conta a história dos desfiles.
1º EPISÓDIO: como os enredos das escolas de samba retrataram o Brasil desde 1960
Saiba tudo sobre o carnaval do Rio
Bateria da Beija-Flor em 1986: chuva forte danificou os surdos
Reprodução/TV Globo
Couro frouxo
Nos anos 80, o couro usado nos instrumentos ficava “deformado” quando muito molhado. Em 1986, por exemplo, caiu um dilúvio no desfile da Beija-Flor, a ponto de os surdos ficarem “frouxos”.
Hoje, ensina Dudu Nobre, os instrumentos evoluíram com a tecnologia e já suportam melhor as intempéries — ainda não há jeito, no entanto, de garantir samba no pé com a pista encharcada.
Profissionalismo
Dudu também contou um pouco da evolução das baterias.
“Na década de 1960, a escola ficava representando em frente a um palco, parada. Depois, começamos a ter os desfiles, e as escolas foram crescendo cada vez mais. Você vê uma agremiação com até 5 mil componentes. A bateria acaba tocando um pouco mais acelerado.”
Ainda segundo Dudu, antigamente “havia uma distinção muito grande entre ritmista e músico”. “Hoje você tem baterias em que praticamente todo mundo já conhece o que é um andamento e como mantê-lo. Aí o nível fica altíssimo, e se torna muito difícil tirar pontos”, explicou.
O programa também mostrou como as paradinhas evoluíram.
Bateria da Mocidade na quadra do Cacique de Ramos
Reprodução/TV Globo
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