Pré-eclâmpsia e prematuridade: entenda o que levou à morte de bebê de Lexa

A cantora Lexa anunciou, na tarde desta segunda-feira (10), a morte de sua filha Sofia. A menina nasceu no último dia 2, mas faleceu no dia 5. O anúncio da morte da bebê foi feita pela cantora nas redes sociais. “Agora tô buscando um rumo na minha vida, uma parte de mim se foi”, diz a publicação.

No post, feito em seu perfil no Instagram, Lexa explica que sofreu com uma pré-eclâmpsia precoce, condição caracterizada pelo aumento da pressão arterial durante a gestação. Além disso, a cantora também foi diagnosticada com Síndrome de HELLP, uma forma grave de pré-eclâmpsia que pode causar danos no fígado e destruir células sanguíneas, exigindo intervenção médica urgente.

Ver essa foto no Instagram

Uma publicação compartilhada por Lexa (@lexa)

Pré-eclâmpsia e parto prematuro: qual é a relação?

A pré-eclâmpsia é uma das principais causas para um parto prematuro. Segundo Ana Paula Beck, ginecologista e obstetrícia do Hospital Albert Einstein, isso acontece, muitas vezes, por indicação do médico devido a riscos materno-fetais ou por complicações associadas à própria condição.

“Os estudos indicam que a pré-eclampsia está associada a um aumento significativo no risco de parto prematuro. Por exemplo, mães com pré-eclampsia tem uma probabilidade maior de prematuridade quando comparado às mães sem a condição”, afirma Ana Paula.

Em matéria publicada anteriormente na CNN, Suely Dornellas, pediatra neonatologista e coordenadora da UTI Neonatal do Hospital e Maternidade Santa Joana, bebê prematuro é mais propenso a ter distúrbios respiratórios, cardiovasculares, infecciosos, neurológicos, metabólicos, nutricionais e oftalmológicos.

De acordo com o Manual MSD, a maioria das complicações da prematuridade é causada por órgãos e sistemas que ainda não se desenvolveram completamente, e o risco aumenta de acordo com o grau de prematuridade.

A prematuridade extrema, como era o caso de Sofia, é a causa mais frequente de morte de recém-nascidos, segundo o Manual MSD. Além disso, aqueles bebês que sobrevivem a um parto prematuro extremo correm um maior risco de ter problemas a longo prazo, sobretudo atraso no desenvolvimento, paralisia cerebral e distúrbios de aprendizagem.

Já para a mãe, os riscos do parto prematuro em situações de pré-eclâmpsia incluem sangramento, falência de órgãos, principalmente dos rins e do fígado. “Se o maior risco for para a mãe, ele se encerra uma vez que o parto é feito”, completa Ana Paula.

Quais são as causas da pré-eclâmpsia e da Síndrome de HELLP?

Segundo dados da Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), a incidência de pré-eclâmpsia no Brasil varia de 1,5% a 7%. A condição não tem uma causa única definida, mas está relacionada a fatores de risco como hipertensão pré-existente, diabetes tipo 1 ou 2 antes da gravidez, doença renal, doenças autoimunes ou uso da fertilização in vitro, de acordo com a Mayo Clinic.

Já a Síndrome de HELLP é desencadeada por diversos fatores de risco e condições de saúde. De acordo com a rede de laboratórios Dasa, entre as principais causas da condição está a resposta inflamatória exagerada no corpo da gestante. Além disso, fatores como tabagismo, obesidade e diabetes também aumentam o risco de desenvolvimento da síndrome.

Entenda por que Lexa precisou controlar doença para engravidar

Este conteúdo foi originalmente publicado em Pré-eclâmpsia e prematuridade: entenda o que levou à morte de bebê de Lexa no site CNN Brasil.

Adicionar aos favoritos o Link permanente.