Diretor do Miss Universe Brasil fala sobre mudança no concurso

Neste sábado, 8, o Miss Universe Brasil 2025 será realizado pela primeira vez em São Paulo. A competição, que agora está mais inclusiva, permitirá a participação de mulheres mais velhas, casadas, mães e trans.

A grande final, que acontecerá no dia 13, será transmitida ao vivo pelo YouTube. Antonelli falou, em entrevista à CARAS, sobre as mudanças no concurso, afirmando que elas refletem um movimento global: “O objetivo é promover a inclusão e a representatividade de mulheres de todos os segmentos da sociedade, independentemente de idade (mínima de 18 anos) e estado civil”.

Regras para mulheres trans

O diretor comentou também sobre as novas diretrizes para as mulheres trans, explicando que, para se inscrever, elas devem ter completado os procedimentos médicos e legais até 36 meses antes da inscrição. “Todas as candidatas competem em igualdade de condições e o foco do concurso permanece na valorização da mulher como um todo”, disse.

Essas mudanças marcam uma ruptura com as tradições de longa data, mas Antonelli acredita que essa decisão é um avanço natural. “Essa mudança demonstra a evolução e o desenvolvimento do papel da mulher na sociedade global”, afirmou. Para ele, as mudanças podem gerar debates, mas o importante é que as discussões sejam feitas de forma respeitosa e construtiva: “Cada um pode se posicionar, desde que de forma respeitosa e não abusiva. No fim, essa é uma grande oportunidade para todas as mulheres”.

Responsabilidade das participantes

Apesar da receptividade ao movimento de inclusão, Antonelli ressalta que todas as candidatas, independentemente de seu perfil, devem estar preparadas para os desafios do concurso. “Casadas ou solteiras, todas devem ter em mente que as responsabilidades de uma Miss Universe Brasil serão as mesmas. Cabe a cada uma se organizar, se motivar e se dedicar para se apresentar da melhor forma possível”, explicou.

Desde que assumiu a franquia do concurso em abril de 2024, o diretor tem garantido que as novas regras sejam aplicadas de forma clara e transparente. Durante a edição anterior, as mudanças foram bem aceitas pelas participantes e pelo público, reforçando a ideia de que o concurso está acompanhando as transformações dos tempos.

O Brasil como exemplo de inclusão no universo Miss

Antonelli vê o Brasil como um possível exemplo global no que diz respeito à inclusão no universo dos concursos de beleza. “O Brasil ainda tem raízes machistas e uma das maiores taxas de feminicídio do planeta. Nossa plataforma social busca valorizar a importância da mulher no contexto nacional e internacional e lutar contra qualquer tipo de abuso”, destacou.

O CEO também destacou que o concurso se posiciona como um espaço de empoderamento feminino: “Acreditamos em uma mentalidade igualitária, de respeito, direitos e deveres, para todas as mulheres”. Antonelli também falou sobre o Miss Universo Trans Brasil, observando que a coexistência dos dois concursos é uma oportunidade positiva, pois amplia as possibilidades para as participantes.

Expectativas para o futuro do Miss Universe Brasil

Sobre o futuro do Miss Universe Brasil, Antonelli afirmou que a modernização das regras deve atrair um novo público. Ele reforçou que a aceitação das mudanças tem sido positiva e que o objetivo é continuar atingindo todas as camadas sociais. “Queremos continuar atingindo todos aqueles que amam o universo Miss e que valorizam a diversidade”, disse.

Ele também alertou sobre a responsabilidade nas redes sociais e a importância de manter um debate respeitoso. “Difamação, injúria e desrespeito são crimes, e o bullying afeta a saúde mental das participantes e organizadores. Queremos um espaço de celebração e empoderamento para todas as mulheres”, concluiu Antonelli.

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