Governo não tem condição de aprovar prioridades econômicas, diz Arko ao WW

O governo Lula não tem as condições políticas necessárias para “fazer andar e ser aprovada” a íntegra de sua lista de 25 prioridades para a economia brasileira, apontou ao WW desta quarta-feira (5) Murillo de Aragão, cientista político e CEO da Arko Advice.

“Essa lista de 25 iniciativas é muito grande. O governo não tem condição política de fazer andar e ser aprovada uma lista tão complexa em pouco tempo”, afirmou Aragão.

Mais cedo nesta quarta, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, entregou a agenda econômica do governo aos novos presidentes das casas do Legislativo, o deputado federal Hugo Motta (Republicanos-PB) e o senador Davi Alcolumbre (União Brasil-AP).

Dentre as prioridades do governo, incluem-se:

  • O projeto de isenção do Imposto de Renda (IR) para quem recebe até R$ 5 mil, sobre o qual Haddad disse que a compensação já está pensada;
  • A proposta de limitação dos supersalários dos servidores públicos, que está na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) do Senado;
  • A reforma da previdência dos militares, parada na mesa da Câmara;
  • E a regulamentação das big techs, que ainda será apresentada pelo Executivo.

O CEO da Arko defende que ao apontar 25 itens na agenda econômica, o governo não está, de fato, apresentando o que é prioritário e que, para fazer o programa avançar, terá de sentar e dialogar com o Legislativo.

“O governo vai ter que escolher o que é prioridade. Vai ter que ter uma lista de prioridades da prioridade e combinar com um Congresso muito dividido. A visita do Haddad é um inicio de negociação, mas é [necessário] um longo período [de deliberação]”, afirmou Aragão, que ainda ressalta pendências na relação entre as partes, como o bloqueio das emendas parlamentares e a votação do orçamento de 2025.

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Este conteúdo foi originalmente publicado em Governo não tem condição de aprovar prioridades econômicas, diz Arko ao WW no site CNN Brasil.

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