Especialista alerta: tipo de café pode aumentar risco de câncer; saiba qual

O café é uma das bebidas mais populares do mundo, mas nem todos os tipos são benéficos para a saúde. Conforme a barista Marisa Baqué, da Espanha, o consumo do tipo de café torrefacto deveria ser evitado devido ao processo de torra que envolve açúcar queimado, o que altera a qualidade e pode trazer prejuízos ao paladar e à saúde.

Em entrevista ao jornal espanhol ABC, Baqué explicou que esse tipo de café não melhora o sabor, mas apenas escurece a bebida. “Se colocar um grão de café torrefacto em água fria, verá que ele apenas libera cor, sem agregar qualidade. O gosto, na verdade, é desagradável”, afirmou.

A origem do café torrefacto tem diferentes explicações. Alguns historiadores apontam que a técnica surgiu para aumentar o peso do produto e reduzir custos, enquanto outros acreditam que era uma forma de preservar os grãos.

No entanto, estudos acadêmicos, como os publicados na revista Food Chemistry, indicam que o processo de torrefação com açúcar pode gerar compostos potencialmente prejudiciais, como os HAPs (hidrocarbonetos aromáticos policíclicos).

Para quem não sabe, os HAPs são compostos químicos formados durante a queima incompleta de matéria orgânica, como combustível, madeira, carvão e até alimentos, como carnes grelhadas ou defumadas. Quando consumidos em excesso, os HAPs podem representar riscos significativos à saúde, incluindo:

Câncer

Câncer: os HAPs são classificados como substâncias carcinogênicas para humanos pela IARC (Agência Internacional de Pesquisa sobre Câncer). O consumo contínuo e excessivo desses compostos pode aumentar o risco de desenvolvimento de câncer, principalmente câncer de pulmão, pele, fígado e cólon.

Problemas respiratórios: a inalação ou ingestão de HAPs pode levar a dificuldades respiratórias, irritações nas vias aéreas e agravamento de condições como asma e bronquite.
Distúrbios do sistema imunológico: a exposição crônica a HAPs pode enfraquecer o sistema imunológico, tornando o corpo mais vulnerável a infecções e outras doenças.
Efeitos no sistema reprodutor: alguns estudos sugerem que a exposição excessiva a esses compostos pode afetar a fertilidade e o desenvolvimento do sistema reprodutor, tanto em homens quanto em mulheres.
Problemas neurológicos: a exposição contínua a HAPs pode afetar o sistema nervoso central, potencialmente causando distúrbios no comportamento, no aprendizado e na função cognitiva.

Adicionar aos favoritos o Link permanente.