Tarifas de Trump devem prejudicar geopolítica, dizem especialistas ao WW

A postura que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, escolheu para sua política comercial deve mexer com a política e a economia do mundo, ponderaram especialistas no WW desta segunda-feira (3).

Marcos Jank, coordenador do centro Insper Agro Global, destaca que, ao ameaçar os negócios dos EUA com União Europeia (UE), México, Canadá e China, Trump está colocando em cheque cerca de 50% da balança comercial norte-americana.

Jank ainda enxerga uma janela para “algumas pequenas oportunidades” ao Brasil, que poderia tirar vantagem da taxação aos produtos mexicanos e canadenses para projetar produtos nos quais os brasileiros são competitivos.

“É um impacto enorme, que levaria à quebra das cadeias de suprimentos. Será muito prejudicial para a América do Norte”, pontuou Jank ao WW.

O que o economista mais chama atenção é para como ficará a disputa entre as duas maiores economias do mundo, e como isso pode ressoar no resto do mundo.

“A China está se preparando para o Trump há muito tempo. Diversificou exportações, se aproximou de países da América Latina, África e Ásia. Acho que quanto mais duro ele for com os aliados dele, mais vai abrir portas para a China”, indagou o professor do Insper.

Jank também vê oportunidades para o Brasil no meio do embróglio com a China. “Se eles tem um problema de guerra comercial, eles vão se aproximar da gente lá no agronegócio, ou lá nos minerais, porque a gente hoje é o maior fornecedor da China e pode ser ainda maior”, concluiu,

Gunther Rudzit, professor de relações internacionais (RI) da ESPM, avalia que, nos EUA, a China é vista como um potencial párea que deve ser contido.

“Se a retaliação começar, pode gerar competição entre eles. E esse enfrentamento com a China nao vai terminar tão cedo”, observou Rudzit.

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