Ibama identifica e multa mulher de vídeo viral que mata onça-parda; Veja valor

O Ibama identificou a mulher que gravou e publicou nas redes sociais um vídeo no qual aparece torturando e matando uma onça-parda, uma espécie classificada como “quase ameaçada” pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). As imagens mostram a mulher utilizando uma espingarda para atirar no animal, que estava no alto de uma árvore.

Após ser atingida, a onça cai no chão e é atacada por quatro cães, que são incitados por outra pessoa com uma vara. A gravação viralizou nas últimas semanas, causando forte comoção e críticas de ativistas ambientais.

Segundo o Ibama, o crime ocorreu em uma área rural no Nordeste, provavelmente em uma região de Caatinga, devido às características da vegetação. O instituto preferiu não divulgar detalhes mais específicos para proteger o andamento das investigações.

A mulher identificada pelo Ibama será responsabilizada por maus tratos à onça e aos cães, além de porte ilegal de arma. Pelo assassinato do animal, ela recebeu uma multa inicial de R$ 5 mil, que pode aumentar conforme a apuração de maus tratos aos cães envolvidos, com valores variando de R$ 500 a R$ 3 mil por animal.

Legislação e debate sobre penas

Atualmente, a legislação brasileira prevê penas de três meses a um ano para crimes como o assassinato de animais selvagens, além de penas adicionais de três meses a cinco anos por maus tratos. Contudo, ativistas defendem a aprovação de um projeto de lei que tramita no Congresso Nacional para aumentar essas penas.

De autoria do deputado Ricardo Izar (Republicanos-SP), o projeto propõe penas de três a cinco anos de reclusão para caçadores que atacam felinos brasileiros. Segundo o parlamentar, “as penas atuais são insuficientes para desencorajar caçadores e proteger espécies ameaçadas, como a onça-parda, o segundo maior felino das Américas.”

Ameaças à biodiversidade

A onça-parda é um dos predadores mais importantes do Brasil e enfrenta ameaças crescentes devido à caça, destruição de habitat e expansão agrícola. O caso segue em investigação, e outras pessoas envolvidas no crime também podem ser identificadas e punidas.

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