Baixada Santista e Vale do Ribeira devem receber R$ 8,7 bilhões para o saneamento básico até 2029

Tarcísio disse que a região será beneficiada por novo contrato de desestatização da Sabesp. Baixada Santista e Vale devem receber R$ 8,7 bilhões para o saneamento básico até 2029
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), disse que vai antecipar em até quatro anos os investimentos em saneamento básico nas cidades da Baixada Santista, no litoral de São Paulo, e no Vale do Ribeira, no interior paulista. Juntas, as duas regiões devem receber cerca de R$ 8,7 bilhões até 2029.
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Em entrevista ao jornalista Alexandre Lopes, do g1, o governador disse que o objetivo é alcançar a universalização do saneamento. Segundo ele, o novo contrato traz incentivos muito claros para isso.
“Qual é a expectativa? Não que a gente faça a universalização até 2033. Na verdade, a gente vai fazer em 2029, a gente vai antecipar em quatro anos. E, para isso, nós vamos fazer R$ 68 bilhões de investimentos”, afirmou ele.
Tarcísio afirmou que deseja atingir aquelas pessoas que não tinham saneamento básico. “É alcançar as pessoas que estão nos núcleos informais consolidados, que não eram objeto dos contratos atuais da Sabesp, alcançar aquelas pessoas que estavam nas áreas rurais, e isso é típico da Baixada Santista, é típico do Vale do Ribeira”, disse.
Investimentos
Ao todo, o novo contrato prevê investimentos de R$ 260 bilhões até 2060, dos quais R$ 68 bilhões serão aplicados até 2029 para universalizar serviços de água potável, tratamento e coleta de esgoto em São Paulo.
Segundo o governo estadual, o novo contrato da Sabesp firmado no processo de desestatização da companhia vai gerar, nos próximos cinco anos, R$ 8,7 bilhões em investimentos em saneamento básico nas regiões do Vale do Ribeira e Baixada Santista. O modelo prevê a antecipação da universalização do serviço de 2033 para 2029.
O Vale do Ribeira deve receber, até 2029, R$ 1,3 bilhão de investimento em novas obras. Até 2060, serão mais de R$ 4,2 bilhões direcionados à região. Já a estimativa para a Baixada Santista é de R$ 7,4 bilhões em investimentos em saneamento até 2029, e R$ 23 bilhões ao longo do restante do contrato.
“É uma quantidade muito pronunciada de investimento para que a gente possa fazer ligações, conexões e alcançar essa universalização, que traz uma série de benefícios. E o contrato traz, também, os incentivos para que esses investimentos aconteçam. A incorporação, por exemplo, de algo na base de ativos, só se dá depois da realização do investimento”, explicou.
Segundo ele, antes, a Sabesp anunciava que ia fazer um investimento no período do próximo ciclo tarifário e aquele investimento já era incorporado na tarifa. Agora, para incorporar na tarifa, o investimento vai ter que ser realizado. Casso de o investimento não se materializar, segundo ele, serão aplicadas penalidades.
“O contrato foi desenhado e está bem formatado para que a gente alcance os objetivos que foram projetados, alcançar as pessoas que não eram alcançadas, que não tinham o serviço, fazer com que a água chegue na torneira de cada um de forma mais barata, de forma contínua, sem interrupção, e fazer com que todo mundo seja alcançado pela coleta e pelo tratamento de esgoto”, afirmou.
Desestatização da Sabesp
A desestatização da Sabesp foi concluída no dia 23 de julho. O processo resultou em uma captação de R$ 14,7 bilhões, a maior oferta pública de 2024 das Américas. A oferta pública da Sabesp, além de ser a maior oferta pública do Brasil e das Américas em 2024, teve a maior demanda de investidores institucionais para uma oferta brasileira em toda a história.
A proposta da Equatorial de R$ 6,9 bilhões por 15% da Sabesp é considerada a maior ordem individual alocada em uma oferta do país. No setor de saneamento, é a maior oferta pública do mundo e, consideradas todas as chamadas “utilities”, que incluem outros serviços como distribuição de gás e energia, foi a terceira maior do mundo este ano.
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